O MEC e a Formação de Professores: a política desvirtuada I – Nota das Entidades

Este blog da formação de professores retoma suas proposições tendo como objetivo a análise crítica da política nacional de formação e valorização dos profissionais da educação, e, neste momento particular, das iniciativas no âmbito da formação de professores, anunciadas no último dia 18 de outubro.

O Ministério da Educação divulgou, no último dia 18, algumas das propostas que definiriam uma “nova” política nacional de formação de professores.

Partindo de premissas equivocadas, mas que servem aos atuais propósitos dos reformadores que retornam ao MEC saudosos do tempo “perdido”, a proposta ignora as condições de trabalho, salários e carreira da imensa maioria dos professores de nosso país, responsabilizando-os pelo sucesso ou fracasso dos processos de ensino.

As entidades científicas da área educacional – ANFOPE, ANPAE, ANPED, ABdC, CEDES, FINEDUCA e FORUMDIR – que vêm acompanhando com  preocupação o retrocesso e o desmonte – provocado pelo governo ilegítimo -, das políticas educacionais construídas de forma democrática nos últimos 15 anos, se posicionam frente a essas iniciativas na Manifestação das entidades educacionais sobre a política de formação de professores anunciada pelo MEC.

Neste momento, é crucial o posicionamento firme de todas as entidades, dos estudantes, professores, profissionais da educação, dos colegiados de cursos, de faculdades e de centros e dos Conselhos Universitários, em defesa de uma política nacional de formação e valorização profissional que contemple, de forma orgânica e articulada, a formação – inicial e continuada -, salários e carreira, aqui incluídas as condições de trabalho e do exercício da profissão.

Uma política desse alcance, no entanto, que possa ser construída e desenvolvida de forma democrática – não por consultas públicas disformes e anônimas – e gerida pelas instâncias amplas e participativas construídas historicamente, não encontra lugar nem legitimidade para ser elaborada pelo atual governo, considerado ilegítimo por amplas parcelas da população.

Esse post foi publicado em Assuntos Gerais. Bookmark o link permanente.

4 respostas para O MEC e a Formação de Professores: a política desvirtuada I – Nota das Entidades

  1. Pingback: Blog da Helena: entidades questionam política do MEC | AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas

  2. Pingback: “Fake policy” na formação de professores | AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas

  3. Leila Mororo disse:

    Além de cometer equívocos históricos e fazer apologia a um modelo de formação diversas vezes derrotado nos debates dos movimentos dos educadores (e amplamente questionado pela maioria das pesquisas científicas desenvolvidas pela área), o documento ignora totalmente a existência das atuais Diretrizes Curriculares para a formação de Professores (CNE/CP 02/2015). É, no mínimo, uma produção irresponsável! Mas também é a “cara” dos que assumiram indevidamente o poder central deste país desde 2016.

    Curtir

    • Leila, e isso mesmo. Pior, insistem no retrocesso. Este post e de 2017, lançamento da politica de formação. Agora, a BNC da Formação de Professores lançada dia 13 último, persiste nestas políticas regressivas,  condenadas pela área desde a década de 90, exatamente iguais! Os neoliberais nunca desistem de sintonizar currículo e formação as necessidades do capital em suas crises de acumulação. Está luta nossa não termina, E melhor  nem tem prazo para terminar. Vamos persistir!!

      Enviado do meu smartphone Samsung Galaxy.

      Curtir

Deixe um comentário