Os educadores de 27 entidades nacionais, reunidos na II Plenária Nacional de Educação, em 8 de junho pp, criaram o Comitê Nacional de Educação contra o Golpe – Fora Temer, em defesa da Democracia e Nenhum Direito a Menos, reunindo diversas entidades educacionais e sindicais, movimentos e fóruns, além de representações do legislativo, com o objetivo de mobilizar os educadores na luta contra o golpe em curso, em defesa da democracia e da educação pública.
Nessa mesma Plenária, as entidades aprovaram o Manifesto Nacional da Educação em Defesa da Educação Pública, da Democracia e Contra o Golpe, e um calendário de lutas que inclui um Ato Nacional em frente ao MEC, em Brasília durante todo o dia 29 de junho.
Esta iniciativa da área da educação é crucial neste momento e pode cumprir o papel de articular as diferentes entidades educacionais e movimentos sociais na defesa das políticas educacionais construídas nos últimos anos. Todas as ações e programas voltados ao fortalecimento da participação social no processo de aprimoramento da qualidade da educação básica correm sérios riscos, considerando o ágil processo de desmonte de secretarias levado a cabo pelo governo interino no MEC, que age pressionado internamente pelos liberais que assumem a direção da política educacional do programa eleitoral do candidato derrotado Aécio Neves, e pelos conservadores no Congresso Nacional.
O foco principal destes embates é a proposta de Base Nacional Comum Curricular – BNCC – agora em discussão nos estados e que deverá sofrer profundas modificações em seu conteúdo, concepção e extensão, até a consolidação da 3a. versão, com os resultados das discussões dos seminários estaduais.
Como a BNCC foi alçada, pelo PNE, à categoria de principal articuladora da formação inicial e continuada de professores a partir dos resultados dos exames nacionais, é bastante provável que a política nacional de formação e valorização dos profissionais da educação desenhada até o momento, sofra alterações no sentido de incorporar as concepções dos novos ocupantes do Ministério.
Nós, educadores, que nos mobilizamos nacionalmente contra o Exame de Certificação de Professores proposto pelo então Ministro Cristovam Buarque e derrotamos esta proposta na luta desenvolvida em cada Seminário Regional realizado pelo MEC, CONSED e UNDIME, devemos rever as lições aprendidas naquele processo.
A CNTE, os sindicatos de professores dos estados e municípios e as entidades temos este imenso desafio à nossa frente. Estamos no “olho do furacão” e no centro das atenções. Nossa reação não pode deixar a desejar neste momento histórico.
Pingback: Ato em Brasília, em frente ao MEC | AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas
http://ticsdapedagogia.blogspot.com.br/2017/04/ministro-da-educacao-o-ideal-nao-seria.html
CurtirCurtir
muito boa postagem, de grande utilidade para abrir a mente e pensar sobre educação!!
CurtirCurtir